Papa Francisco: Minha missão é acolher sempre, simplicidade e profundidade j4239

Uma vida dedicada inteiramente ao serviço de Deus. Nos seus últimos dias disse: “Ofereço o sofrimento da última parte de minha vida ao Senhor pela paz do mundo e pela fraternidade entre os povos”. Seu ministério petrino foi uma constante entrega e assim viveu até o seu último suspiro. 2m6af

Não apenas falou da misericórdia, ele viveu a misericórdia. Deu testemunho para a Igreja e a humanidade. Papa que se dedicou a construção da paz entre os povos. Papa do acolhimento. Marcou o mundo com gestos simples e profundos que faz falta na sociedade. Levou a mensagem do Evangelho em todos os ambientes. Papa do encontro de da proximidade principalmente dos mais sofridos. Fez de sua vida uma imersão no amor de Deus. Consumiu-se como uma vela para iluminar com sua presença seu rebanho querido. Sempre esteve no meio das pessoas e assim foi até o último momento através de suas últimas aparições públicas.

Em sua última mensagem em 20 de abril de 2025 disse: “Quem espera em Deus coloca as suas mãos frágeis na mão grande e forte d’Ele, deixa-se levantar e põe-se a caminho: juntamente com Jesus ressuscitado, torna-se peregrino de esperança, testemunha da vitória do Amor e do poder desarmado da Vida”.

Tinha muito empenho missionário. Incansável empenho pela paz mundial. Ele sempre lembrava de que a Igreja deve ser um lar para todos, não somente para alguns. Pediu para abrir as portas, para ir às periferias, acolher sem medo ou preconceito qualquer pessoa que busque a Deus. Lembrou que a fraternidade não é uma opção secundária: é o coração do Evangelho.

Na Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho) escreveu o Papa Francisco: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Como Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos”. Papa Francisco tinha profunda alegria em anunciar o Evangelho de Cristo a todos sem distinção.

Anunciou a misericórdia de Deus a todos como podemos destacar na sua Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (Misericordiae Vultus): “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese”.

Na Gaudete et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai) nos diz: “Alegrai-vos e Exultai” (Mt 5,12), diz Jesus a quantos são perseguidos ou humilhados por causa d’Ele. O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”.

No Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz mundial e da convivência comum escreveu: “A fé leva o crente a ver no outro um irmão que se deve apoiar e amar”.

Na Carta Apostólica Vos Estis lux mundi (Vós sois a luz do mundo) disse: “ Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte” (Mt 5,14). Nosso Senhor Jesus Cristo chama cada fiel a ser exemplo luminoso de virtude, integridade e santidade. Com efeito, todos nós somos chamados a dar testemunho concreto da fé em Cristo na nossa vida e, de modo particular, na nossa relação com o próximo”.

O Papa Francisco buscou as raízes evangélicas, de abandono do poder pois o poder verdadeiro está em servir. Na sua primeira homília no início de seu ministério petrino disse: “Nunca esqueçamos que o verdadeiro poder é o serviço, e que também o papa, para exercer o poder, deve entrar cada vez mais nesse serviço que tem seu cume luminoso na cruz (…)”. Sobretudo de humildade desejada e buscada. Um Papa simples conectado com o povo.  Enfrentou os grandes desafios do mundo do século XXI e da Igreja. Com coragem enfrentou os desafios.

Com sua paixão evangelizadora e grande energia anunciou o Evangelho a humanidade! Faleceu na Páscoa e na semana que antecede o domingo da misericórdia. Papa Francisco e o Papa João Paulo II faleceram na semana que antecede a Festa da Misericórdia. Seus últimos momentos de vida foram dedicados a Jesus Cristo! “Tu és Pedro” (Mt 16, 18) fiel seguidor de Jesus Cristo. Mensageiro da esperança, da fé e do amor. Se despediu no Jubileu da Esperança, ou pela Porta da Esperança e fez sua agem definitiva, na semana da Páscoa.

Prof. Dr. José Pereira da Silva

×